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quarta-feira, 3 de março de 2010

Vale a pena colocar a mão no bolso por Super Street Fighter IV?

Street Fighter IV está prestes a expandir a série com Super Street Fighter IV. O novo conteúdo, em vez de estar colocado em um prático pacote de expansão ou um mais prático ainda download ou update de sistema, estará disponível nas lojas como um game completamente novo. Difícil de acreditar apenas vendo as imagens abaixo, não é? Completamente novo? Afinal, fora os novos personagens, tudo parece ser o mesmo: os visuais, a mecânica de jogo e afins. Mas há muito mais rolando por baixo do capô deste novo capítulo de Street Fighter IV, e afinal até a menor mudança em um game tão técnico implica em um bocado de diferença em como o jogo é aproveitado. Vamos às novidades.

Primeiramente, o entusiasmado produtor da série, Yoshinori Ono, prometeu ao menos oito novos personagens para Super Street Fighter IV, um número consideravelmente alto para a série. Servindo de comparação, vale lembrar que Street Fighter II Champion Edition (1992) adicionou quatro novos combatentes (Balrog, Vega, M.Bison e Sagat, os chefes antes não-controláveis no game original), enquanto que, com a chegada de Super Street Fighter II The New Challenger (1993), o mesmo número de personagens novos foram introduzidos à franquia (o capoeirista Dee Jay, a agente Cammy, o fã de artes marciais Fei Long e o índio T.Hawk). Ainda no assunto das expansões, Street Fighter III teve a maior ampliação de casting com Third Strike, que introduziu um total de cinco lutadores, recolocando Chun Li, inaugurando o esquisitão Twelve, o misterioso ciborgue “a lá” Metropolis, Q, a karateca Makoto e Remy, um magrelo francês de temperamento ruim.

Super Street Fighter IV vai adotar um bocado de novos personagens e nada mais digno do que supor que haverá mudanças na mecânica de jogo para comportar todos os variados estilos novos que acompanham cada combatente. Yoshinori Ono já prevê que o game terá alterações em golpes, força e velocidade para melhorar o balanço das partidas (por favor, MENOS AGARRÃO!), além de arrumar levemente a duração de alguns dos Focus Attacks. Pode parecer pouca coisa, mas jogadores veteranos da série já podem prever que esse re-balanço trará uma experiência nova ao tatame. Adicione a isso o fato de que personagens já existentes ainda podem ganhar novos golpes e pode-se ter certeza que jogar este game será bem diferente de jogar o original. Adicionando um pouco mais de lenha à fogueira, rumores indicam que alguns dos novos lutadores serão parte do rol original de SFIII 3rd Strike. A inserção destes personagens que, originalmente, contam com três especiais (ou Super Arts), pode significar que cada personagem em Super Street Fighter IV ganhe um novo Combo especial. Além disso, a Capcom vai promover mudanças no campo do jogo online, trazendo possivelmente uma modalidade de campeonato para múltiplos jogadores simultâneos e um modo para espectadores conferirem lutas entre outros gamers.
 

Deixando de lado as mudanças essencialmente estruturais, outro fator importante é a adição de uma personagem feita originalmente para o novo game. A mocinha, inicialmente frágil e esquisita, se chama Juni e traz um quê de pioneirismo para a série. Juni é a primeira lutadora a adotar o estilo chamado Taekwondo, uma versátil arte marcial cujos golpes são feitos tanto com os pés quanto com as mãos. Usada pelo exército coreano, sendo um dos maiores estilos em número de praticantes, é estranho pensar que até agora de fato nenhum outro lutador de Taekwondo tenha dado as caras em Street Fighter. Assim como a arte que pratica, a jovem Juni vem da Coréia, país que abriga um grande número de fãs da série de luta e que nunca havia sido bem representado no game. Coreana e lutadora de Taekwondo, a garota ainda tem um caráter irônico malicioso no melhor estilo Uma Thurman em Kill Bill e é a primeira vilã de fato interessante depois dos diversos malvadões maniqueístas que povoam Street Fighter e, de longe, a mais interessante mulher, cheia de personalidade.
Resposta

Algumas das perguntas que povoam fóruns pela Internet afora levantam a seguinte questão: por que não lançar um DLC ou update para incluir toda a novidade diretamente no game original? Por quê? Ora, com quase uma dezena de novos personagens, mudanças na estrutura de jogo, nos cenários e rol de golpes, inclusão de novos modos online de jogo e mais, você não acha que foi necessária uma bruta transformação do código-fonte do primeiro jogo? É uma mudança impossível de ser realizada em um mero download, não nesta proporção pelo menos. Para aqueles que se sentirem desencorajados a comprar um novo disquinho, Yoshinori Ono confirmou que Super Street Fighter IV sairá mais em conta que o SFIV original, embora ainda não tenha estipulado um preço. Nada mais justo, afinal, pessoas de carne e osso estão trabalhando dia e noite no game (como em qualquer outro lançamento da Capcom ou de qualquer outra empresa), e convenhamos, todos gostamos de ser pagos por nosso trabalho. E por um preço menor que o jogo original, isso significa que você, sim, você que não teve a oportunidade de mergulhar em SFIV antes terá a chance de ter um jogo ainda mais completo por um preço mais camarada.
Em conclusão, Super Street Fighter IV é, como o nome sugere, um super Street Fighter IV. Novos personagens, modos e mecânicas podem mudar drasticamente um jogo e isso é bem mais verdade para um game técnico e detalhista como SFIV. Mas não é nada mais que isso. Portanto, se o game nunca foi lá do seu agrado, SSFIV não vai fazer milagres. Se você gostou do jogo original, tem as razões acima para se decidir se vale a pena ou não quebrar seu porquinho e cavar uns trocados. Para os que viveram em uma caverna pelos últimos 20 anos e nunca tiveram a chance de jogar Street Fighter, o conselho é: espere até ano que vem e compre sua cópia de Super Street Fighter IV sem medo de ser feliz.


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